Rildo

domingo, 21 de outubro de 2018

MEU GRITO

Olhando para o chão,
peso do ferro e madeira,
Eu grito em silêncio.
será a vida inteira?

Já não escutam o clamor,
de quem grita sozinho,
os ouvidos entupidos,
de pedra no caminho.

Amigos se calam,
fingem não escutar
o brado triste do bem,
que um dia poderei dar.

O peso que carrego só,
tem gosto azul feroz,
afoga aos poucos a vida,
faz calar minha voz?

Ainda me arrasto na terra,
deixando marcas profundas, 
Uma água de sangue que vem,
e minha esperança se afunda.

Mas ainda grito calado,
Alguém me ouve em vão,
Os surdos amigos de luta,
um dia também gritarão.

Meu grito de tanto soar,
está virando gemido,
dores, lamentos na alma,
de um coração ferido.

Grito por dias de paz,
Grito por fé e bondade
Grito por quem padece,
a procura da verdade.

Grito,
sempre,
Meu grito!

Rildo Rios, é estudante de Pedagogia e de Direito. Escreve para libertar-se!







sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Desler!

Fonte: https://www.pensador.com/frase/NzkyMTg4/


Leio a hipocrisia humana,
Nas letras disfarçadas de
Poesias...
Leio o orgulho,
Vendido no mercado,
a preço de dores alheias.
Leio na praça de gente,
notícias de barrigas cheias...
Não sabem ler a fome,
de meninos e meninas,
famintas.
Famintas de justiça,
e sonhos possíveis...
Leio em letras mortas,
invisíveis...
que o bolso inchado,
de moedas sanguinárias,
são filhas do sangue
da gente, gente do bem!
Leio o futuro vazio,
pois escrevem para vós,
 e nós pobres desletrados,
somos desdeixados,
humilhados...
Exaltados?
Escrevo sem segredos,
E leio a voz da verdade.
Rabiscos e devaneios,
Prevejo uma esperança,
no meio da vida.
Caminho lendo e relendo,
não entendo as frases vazias,
Entendo é o ódio na folha,
disfarçado de alegrias...
Eu Leio?
Leio eu...
Lemos nós?
Eles não leem
as lágrimas caídas,
estão ocupados
em descrever,
sua vidas, 
salvas?
ou perdidas?

Desleio!


terça-feira, 16 de outubro de 2018

Liberdade se vai...



Pudores enrustidos,
Na alma...
Dores que sangram
No peito.
Castigos vêm de perto,
Feridas abertas latejam...
Prantos em silêncio,
Dias que virão.
Açoites e prisões,
Gaiolas invisíveis.
Asas cortadas...
Mentes com medo,
Do herói das ilusões.
E sob mentiras,
Sua gente padece.
O ódio na alma,
Liberdade entregue.
Que um dia chegou,
E agora se vai...
Para onde?