Rildo

sábado, 24 de novembro de 2018

O tempo e o sonho

O tempo anda carregando,
para bem longe...
O brilho na face,
que enrugada, pálida
de sofrer cansada.
O tempo é infinito,
como os sonhos
dos famintos,
que suplicam o pão,
lacrimejam o coração...
O tempo me deixa
atento, ao relento.
Tira de mim,
os beijos indesejados,
os abraços amassados,
me deixa calado, atado.
E ao lado da saudade,
que saiu pra passear.
Vejo a vida sangrar, 
meu cando cantar,
desencantar...
com pena do olhar
que olha para outro
lugar, sem enxergar.
Eu a esperar, o querer
não mais voltar,
faz meu caminho
terminar, sem ao menos
chegar e depois ficar
a sonhar...

Por Rildo Rios

domingo, 18 de novembro de 2018

JOVENS DE PÉ DE SERRA PARTICIPAM DE SEMINÁRIO PEDAGÓGICO DO NEOJIBA



Três jovens monitores do Ponto de Cultura Sons da Vida participaram entre os dias 13 a 17 de novembro do III Seminário Pedagógico da Rede de Projetos Orquestrais da Bahia e 2° Encontro de Bolsistas do Programa de Capacitação em Ensino Musical Coletivo - PROCEC em 2018. 
Momentos de interação e aprendizado coletivo marcaram a relação dos monitores/músicos com a Rede de Projetos Orquestrais da Bahia e o Neojiba na cidade de Irecê/BA.O encerramento foi sábado 17/11, as 15h, com grande concerto da orquestra formada por jovens músicos multiplicadores de todo o estado da Bahia. 
O Ponto de Cultura Sons da Vida, é um projeto desenvolvido pela Filarmônica Lira 6 de Agosto, que tem a música como instrumento de transformação social oferecendo aulas gratuitas de iniciação e prática musical na sede do muncipio e nos povoados de Novo Ouricuri e Caldeirão da Prima.
Os integrantes, Cecília, Luiz Henrique e Odirley Lima são jovens multiplicadores formados dentro da Instituição, e que desenvolvem um trabalho importantes na renovação da Filarmônica.  

Pé de Serra está de parabéns por ser representada em um evento importantes para a música no estado da Bahia, e com essas ações torna o projeto sustentável muito mais potencializado com a formação continuada e a troca de saberes entre os participantes.


Por Rildo Rios

domingo, 11 de novembro de 2018

A Poesia no Escuro


Enquanto o Sol dorme,
as palavras dos poetas
borbulham no caos,
de vidas esquecidas.
Poesias de liberdade,
surgem nas prisões
dos porões da senzala, 
de escravos do poder.
Escritos da Cruz do bem,
moldam a simplicidade
da vida...
que segue.
Dizeres do mestre esquecido,
soam como o silêncio,
um gemido.
Os donos e donas da luz,
do Sol, rei do mundo,
pensam saber de tudo,
um egoísmo profundo.
Aquele poeta desletrado,
mas vívido de emoção,
rabisca,
se arrisca,
pequeno,
como faísca.
Querem tombar a poesia,
como de fora melancolia,
Não sabem dividir as letras,
saboreiam a hipocrisia,
Os poemas vivem,
escondidos na alma,
dos solitários andantes.
Que sonham,
verbaliza,
sentimentos.
E vive, padece,
Quando o Sol,
escurece, sobe
e desce.
o dia amanhece,
e a poesia invisível, 
aparece do nada, 
segue sua jornada, 
triste, ofuscada
calada.

Rildo Rios