Cheguei em um momento na vida que me sinto dispensável, me tornei ao longo da minha tragetória um ser incompreensível; o mundo, as pessoas foram evoluindo e eu fiquei à beira da estrada vendo a vida passar. Entendo que meu egoísmo me derrubou pelo caminho, quis ser tanto que me tornei um quase nada - assim me sinto. Penso também, que por ser muito emocional, fiquei fora do mundo de muita gente que vive a vida mais racional e, neste sentido acabam vivendo sonhos virtuais.
Ninguém mais me escuta, parece que o que penso e falo está em descompasso com a vida das pessoas. Vivo tentando me adaptar, mas não está fácil, nada fácil. Percebo que minha forma de viver e ver o mundo não é aceita pelas pessoas, a maioria não que saber de nada, estão ocupadas com seu mundo paralelo a vida real. As vezes me pergunto para que escrevo estas bobagens, aí, a resposta é porque sou um bobalhão, talvez um "abestalhado".
Raus Seixas na música Carpinteiro do Universo escreveu: " O meu egoísmo é tão egoísta, que o auge do meu egoísmo é querer ajudar", e aqui eu reflito um pouco do que me tornei, pois egoísta que sou não consio ajudar nem a mim mesmo - talvez seja o fim.
Eu só queria ser escutado e escutar também as pessoas, mas estão ocupados com interesses peculiares e a gente fica falando para o vento. Queria também respeitar e ser respeitado, tenho a utopia que as pessoas poderiam parar um pouco e escutar o meu coração e, tentar me ajudar a entender que nem sempre estou certo e, que todos tem suas vidas para cuidar - é isso.
Por fim, vou caminhando para o meu fim... tentando escutar a voz do meu coração, buscando meu equilíbrio nos meus sonhos de uma vida que crer no Amor, sente a força de um abraço e garimpa por um pouco de atenção, talvez de mim mesmo. Até aqui vou falar pra mim mesmo: resista e não desista do caminho.