Rildo

domingo, 10 de novembro de 2024

Punhal e abraço


Do nada, alguém te machuca

faz de brinquedo, um coração

com um espinho de rosa flor

fere a alma, que vive em vão


E espinhos sujos como o punhal

que machuca as costas, maldade

depois é limpo com cédulas sujas

usurpadas de quem só fez bondade


Punhal em forma  de um abraço

engana, os sonhos de um alguém

depois, deixa as costas sangrando

assim, nas mãos de um ninguém


Furtou-se assim o suor do homem

para se dá bem em sua pobre vida

como uma flor seca em um jardim

que sempre viverá sozinha, perdida


Apagou o coração, afia o punhal

pra ferir um outro tolo e desprezar

sujou de sangue, pingos na estrada

um corpo que nunca mais voltará

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