Rildo

sexta-feira, 9 de março de 2018

A Semiótica de uma triste Ferramenta


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Fonte: http://palomaviricio.blogspot.com.br/l

A marreta biônica até então está cumprindo seu significado destruidor criado na mente dos marreteiros

Fazendo uma análise semiótica da marreta biônica que por enquanto só destrói a cidade de Pé de Serra, e que vai além da estupidez administrativa, a eleição que deu a vitória ao Democratas, deixou até mesmo quem tinha esperança desiludido, pois como já dito antes a escolha da marreta como um símbolo de uma campanha política, foi imperceptível aos olhos dos displicentes e algo que merece um exercício do que a ferramenta pode representar.
A semiótica provém da raiz grega ‘semeion’, que denota signo. Assim, desta mesma fonte, temos ‘semeiotiké’, ‘a arte dos sinais’. Ela mostra como cada indivíduo dá significado as coisas e objetos que lhe cercam, mitiga a representação verbal do termo e amplia a observação para os signos através de um sistema que envolve outras áreas do conhecimento, como as artes, as religiões, gestos e comportamentos humanos.
Voltando à “marreta biônica”, os significados nela enrustidos e disfarçados, conseguiram enganar os inocentes e decepcionar os esperançosos que sonhavam com dias melhores. Infelizmente, até agora muitos sofrem, outros idealizadores da marreta do mal, fingem demência e descarregam suas forças de vingança com o significado brutal e destruidor que a ferramenta pode representar.
É interessante lembrar que ao longo de sua campanha, o prefeito empossado foi sempre muito enfático sobre como pretendia governar: diálogo com todos os segmentos seria a marca. Em relação ao diálogo prometido, até o momento nada de prática. Retornando mais um pouco ao conceito da semiótica, veremos que pode se dividir em signo, e subdividir em significante e significado. A palavra marreta seria o “signo” é o átomo da linguagem, e que tem a uma subdivisão o significante que é o elemento material e perceptível através de sua escrita corretamente ou imagem mental. O significado seria uma ferramenta pesada construída de ferro e madeira ou ferro e ferro (no nosso caso a marreta ferrou com todo mundo), e que se utiliza para quebrar, destruir, derrubar, esmagar coisas falsamente menores, como está ocorrendo com nosso povo e com nossa cidade.
Segundo Saussure (filósofo suíço), os signos inerentes ao mundo da representação, são constituídos por um significante, sua parte material, e pelo significado, sua esfera conceitual mental. E foi justamente no significado que os marrentos e marreteiros do mal, se basearam para colocar seus planos de destruição em atividade, é através desse conceito perverso e torturador que esses algozes estúpidos, juntamente com o “mentor vil” da marreta biônica estão destruindo os sonhos de gente do bem  que merecem respeito e dignidade pela pessoa humana.

Por Rildo Rios

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Tempo

Em me contento 
com o tempo;
mesmo que seja
um desalento,
não faço da vida
um tormento...
vivo sempre
cada momento...
eu ando sempre
a favor do vento;
penso na morte,
vivo um tormento!
mas logo sei,
que ela vem 
no tempo...
que seja rápido!
que seja lento


Rildo Rios





sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Ponto de Cultura Sons da Vida

Encerramento da Caravana Pegagógica
A Associação Comunitária Cultural e Musical Lira 6 de Agosto de Pé de Serra, desenvolve através do Ponto de Cultura Sons da Vida - A música como Instrumento de Transformação Social, aulas de música e percussão para crianças, jovens e adolescentes do município. O Projeto, que foi elaborado em 2014 para concorrer ao Edital dos Pontos de Cultura na Bahia, começou efetivamente no ano de 2016, quando foi liberada a 1ª parcela do convênio 46/2014.
As aulas acontecem na sede do município, e nos povoados de Ouricuri e Ouricuri Velho, são gratuitas e a Instituição adquiriu com recursos do Projeto Instrumentos musicais, acessórios e kit multimídia com: projetor digital, computadores, caixas de som e material de uso contínuo. Para se inscrever, basta procurar a sede da Entidade localizada na Rua Felipe Nery Cordeiro e realizar o preenchimento da ficha de inscrição, o menor de idade precisa levar o responsável.
Em seu 2º ano de execução, o Ponto de Cultura Sons da Vida já desenvolveu muitas atividades de formação em teoria e prática musical, realizou o 3º Encontro de Filarmônicas, inclusive com matéria veiculada na TV Educativa da Bahia e no mês de dezembro de 2017, o regente Rildo Rios e mais três integrantes participaram em Salvador do IV Fórum para Bandas Filarmônicas, tendo essa participação fortalecido as ações do projeto.
Vale ressaltar que a Filarmônica Lira 6 de Agosto, é integrante da Rede de Projetos Orquestrais da Bahia, que é organizada e mantida pelo NOEJIBA, que em 2017 trouxe até a cidade as Caravanas Pedagógicas envolvendo mais de 70 participantes do Projeto Sons da Vida, além de participação de alunos e músicos de outros municípios.
Cartaz do Projeto
O Pontos de Cultura Sons da Vida está dentro da Lei Cultura Viva que surgiu em um momento importante para fortalecer a cultura no Brasil. Tem aporte financeiro do Governo Federal, Ministério da Cultura, do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e dos Pontos de Cultura da Bahia.
A Filarmônica Lira 6 de Agosto é a executora das ações, e até o ano de 2016 tinha o apoio da Prefeitura de Pé de Serra, em 2017 esse apoio foi encerrado. O projeto vai até dezembro de 2019, e até seu final, muitos músicos e musicistas serão formados na Entidade, e o apoio e comprometimento de sua direção e participantes potencializa mais ainda a transformação social através da Música.

Por Rildo Rios
Coordenador



Regente e Coordenador Rildo Rios
Orador Clécio Santana

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Dores alheias e o sonho perdido

As pessoas até que podiam sentir as dores alheias, procurar entender e respeitar o pranto e o clamor de seus irmãos, na busca por justiça e respeito a pessoa humana. Entretanto, não o faz e na maioria das vezes só se manifesta quando a dor da injustiça atinge seus corpos isolados em egoísmo e enrustidos em desfaçatez sólida e brutal.
Parece natural, mas será? O natural não seria ser altruísta e solidário ao sofrimento das outras pessoas, que na maioria das vezes é ignorada porque nossa barriga está cheia? Difícil chegar a estas respostas, pois nossa sociedade aparenta ser treinada e viciada a viver na singularidade e num mundo blindado pela prepotência e insensatez, de quem só pensa no seu mundo interior e egoísta. São poucas as esperanças, surge um estado de pessimismo e parece que caminhamos a cada dia ao fim da linha de um trem carregado de bondade que passou sem parar e não voltou mais, levando assim os sonhos do bem.
Poucos de nós cultivamos a empatia, no campo das emoções nossa conexão com o sofrimento do outro é quase sempre restrita e minimizada pelos desejos individuais e pela falta de sensibilidade humana. É uma ideia de “farinha pouco meu pirão primeiro”, e esses fatores podem nos encaminhar a viver sempre na mediocridade e no submundo do faz de conta que eu não vejo as lágrimas invisíveis de meus semelhantes, pois quem sabe a minha falsa alegria consola as dores e os clamores de quem passa fome por dignidade humana.

O que é perceptível é o sonho perdido de uma minoria de pessoas que esperam a concretização de se construir dias melhores, readaptar os comportamentos, equilibrar na balança da bondade as lágrimas e os sorrisos, viabilizar uma sociedade mais sensível e sensata, caminhar quando se pode de mãos dadas com os esquecidos e ignorados pelos falsos humanos, que imaginam ser eternizados com suas panças cheias de arrogância e orgulho vil. E, por fim, o que nossos irmãos estão sentindo, suas dores, seus temores, seus clamores que pra escutar não precisa tocar os tambores, basta que em algum momento da vida, olhemos para nosso lado e tenhamos a capacidade humana em frente ao espelho e ver o reflexo da nossa omissão, submissão ao sofrimento de nossos irmãos de caminhada nesse mundo (in) finito.

Não sou doutor, nem mestre e nem sei escrever, junto as palavras e mando meu recado.

Rildo Rios