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A marreta biônica até então está cumprindo seu significado destruidor criado na mente dos marreteiros
Fazendo uma análise semiótica da
marreta biônica que por enquanto só destrói a cidade de Pé de Serra, e que vai
além da estupidez administrativa, a eleição que deu a vitória ao Democratas,
deixou até mesmo quem tinha esperança desiludido, pois como já dito antes a escolha
da marreta como um símbolo de uma campanha política, foi imperceptível aos
olhos dos displicentes e algo que merece um exercício do que a ferramenta pode
representar.
A semiótica provém da raiz grega
‘semeion’, que denota signo. Assim, desta mesma fonte, temos ‘semeiotiké’, ‘a
arte dos sinais’. Ela mostra como cada indivíduo dá significado as coisas e objetos
que lhe cercam, mitiga a representação verbal do termo e amplia a observação
para os signos através de um sistema que envolve outras áreas do conhecimento,
como as artes, as religiões, gestos e comportamentos humanos.
Voltando à “marreta biônica”, os
significados nela enrustidos e disfarçados, conseguiram enganar os inocentes e
decepcionar os esperançosos que sonhavam com dias melhores. Infelizmente, até agora
muitos sofrem, outros idealizadores da marreta do mal, fingem demência e
descarregam suas forças de vingança com o significado brutal e destruidor que a
ferramenta pode representar.
É interessante lembrar que ao
longo de sua campanha, o prefeito empossado foi sempre muito enfático sobre
como pretendia governar: diálogo com todos os segmentos seria a marca. Em relação ao diálogo prometido, até o
momento nada de prática. Retornando mais um pouco ao conceito da semiótica,
veremos que pode se dividir em signo, e subdividir em significante e
significado. A palavra marreta seria o “signo” é o átomo da linguagem, e que
tem a uma subdivisão o significante que é o elemento material e perceptível através
de sua escrita corretamente ou imagem mental. O significado seria uma
ferramenta pesada construída de ferro e madeira ou ferro e ferro (no nosso caso
a marreta ferrou com todo mundo), e que se utiliza para quebrar, destruir,
derrubar, esmagar coisas falsamente menores, como está ocorrendo com nosso povo
e com nossa cidade.
Segundo Saussure (filósofo suíço),
os signos inerentes ao mundo da representação, são constituídos por um
significante, sua parte material, e pelo significado, sua esfera conceitual mental. E foi justamente no significado que os marrentos e marreteiros do mal,
se basearam para colocar seus planos de destruição em atividade, é através
desse conceito perverso e torturador que esses algozes estúpidos, juntamente
com o “mentor vil” da marreta biônica estão destruindo os sonhos de gente do
bem que merecem respeito e dignidade pela pessoa humana.
Por Rildo Rios
Um comentário:
A análise foi bem precisa e pegou um símbolo que foi praticamente esquecido e pouco questionado durante toda campanha. Como sabemos, um objeto, por si só, não tem significado algum, mas nós damos significado a eles. A marreta utilizada na campanha política que visava o "Belo e moral", é realmente o símbolo do que se tornaram: Algo para destruir. É doloroso ver a cidade que cresci e nasci ser esmagada tão cruelmente e sem escrúpulos.
Mas é assim a democracia: Alguns usam o martelo para corrigir, outros para destruir.
E o que foi escolhido, infelizmente, sequer sabe usar um martelo.
Ótimo texto, como é de se esperar, a metáfora foi muito bem colocada e explicativa, só espero que com isso aprendamos a não colocar qualquer ferramenta na mão daqueles que não sabem, ou pior: Não querem usar.
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