Os rumos da humanidade sempre foram incertos e ainda caminham por destinos desconhecidos, para quem sabe garimpar em rochas escuras e assim clarear as veredas da sociedade. O diferente assusta o cotidiano do poder dominador, considerando que há risco de enfraquecimento de seu domínio com a liberdade de seus pseudos escravos, que podem fazer um mundo mais livre.
Em Pé de Serra, essa cidade resistente e persistente o poder dominador nos acorda de sonhos possíveis, martela a cabeça de quem pensa e repensa em rumos desalinhados com a escravidão que é imposta pela força do domínio econômico, que seduz e reduz os planos de dias mais iluminados. Eles compram a liberdade de muitos, enganam a fome com migalhas de pão dormido - é que os que dormem amolecem e podem mofar em um pesadelo sem fim.
É possível um rumo diferente, nesse teatro da vida real os atores podem ser novos astros que brilham em seu pequeno mundo, e o que esse "brilho" pode iluminar a vida de quem vive de olhos vendados na escuridão da vida marcada pelos falsos donos do mundo. Libertar - se é preciso, soltar as amarras e sair cantando num dia claro e propenso a novos caminhos.
Podemos viver sem o pão dormido e precisamos plantar o nosso trigo e assim alimentar os nossos sonhos. O preço que pagamos para encher a barriga dos reis e rainhas do mundo de lá, custará o sangue derramado por nossos filhos, e suas lágrimas molhará a terra de pães dormidos e adormecidos no escuro das prisões de ouro e prata.
Façamos um lugar mais claro, e é claro que para isso é preciso se soltar das correntes vermelhas que nos prende no calabouço do poder dominador. Difícil saber o rumo nesse emaranhado de caminhos escuros, mas vamos acender a nossa luz e ver um novo caminho estreito e vindouro, sintamos a leve brisa de ventos do norte, e com sorte chegaremos ao um novo lugar, mais claro e limpo da prepotência e da indecência de quem só quer aumentar o seu poder de mandar em nossos sonhos e nas nossas escolhas por uma vida mais digna e justa.
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