Pois bem. Raul Seixas em sua música Por Quem os Sinos Dobram, escreveu: " É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro" - uma frase muito reflexiva. Culpar alguém envolve muitos sentimentos, dentre eles o egoísmo que é um caminho para o desequelíbrio da humanidade.
Na frase, que é uma pérola do nosso Grande Raul, uma palavra chama atenção, o vermo "ACHAR", ela nos conduz a pensar que, a gente acha, mas pode ser que a culpa é nossa, pois somos humanos e sem erro a vida seria um "erro", assim deveria ser a nossa visão do mundo.
Entretanto, muita gente se sente o dna da perfeição, se olha no espelho e ver Deus refletido como se fora o criador da verdade e do destino de outrem - mas não é, nunca será. Temos que nos olhar no espelho e tentar encontrar nossas falhas e, quem sabe em um pensamento profundo e fraterno descobrir que os nossos erros podem destruir os sonhos de alguém, entender que ao se julgar perfeita, a pessoa caminha para o abismo da hipocrisia e da arrogância, esta que mostra o caráter de muita gente que se diz santa nesse mundo de pecados. Essa gente não gosta de gente simples e humana.
Vamos lá! Em outra frase da mesma canção, Raul Seixas diz: "Evita o aperto de mão de um possível aliado", observemos que novamente um verbo norteia o sentido do que podemos fazer nesse mundo. "Evitar" o pedido de desculpas e a forma simples da maioria das pessoas, mostra mais uma vez que pessoas assim se sentem supremas e se acham acima de tudo e de todos. Mas não são, nunca serão, gente assim carrega no sangue vestígios de desumanidade, arrogância, prepotência e a cimma de tudo a falta de amor fraterno para com pessoas do bem, gente que só quer apenas um aperto de mão e quem sabe um pedido de desculpas ou entendimento do que realmente move a natureza humana.
Por fim, Raul diz: " Convence as paredes do quarto e dorme tranquilo, sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo". Não é mesmo! Somos imperfeitos e sempre seremos, evitamos entender nossos erros, pois o orgulho e a arrogância não nos deixam dormir em PAZ.
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