Rildo

sábado, 22 de abril de 2023

Sonho Perdido


Ilusão de um sonho perdido
numa noite fria de escuridão
enganos de uma alma triste
presa a um perdido coração

Prendeu-se no seu falso amor
buscou-se um ombro a chorar
sentiu-se  um abraço, respirou
no leve engano de si nos amar

Um orgulho preso numa jaula
em grades fortes duma solidão
vive-se  buscando sonho de luz
e vive em profunda escuridão

Mas o amor vive livre viajando
e com o vento pelo pensamento
buscando repouso e um abraço
que se perdeu sozinho no tempo

É que apenas a vida foi engano
e pétalas de uma flor foi embora
para um mundo sedento de amor
um abraço de saudade se demora

Um tempo que passou e desamor
sonhos perdidos pelo o caminho
um brilho ofuscado pela tristeza
um amar perdido, triste e sozinho




sábado, 15 de abril de 2023

GENTE CANALHA!


Poucas pessoas entenderão a verdade que está por detrás de injustiça e desdém que gente forasteira cometem com a gente. Essa gente podre e vil, conseguem enganar e persuadir pessoas despreperadas, precisam marcar terreno, mesmo vindo do além, necessitam enterrar filhos natos de um lugar - gente insana e canalha!!

Sei tembém que poucos irão ler meus relatos e, nada que eu disser vai mudar nada, afinal, nestes casos a mentira perpassa a pseudo verdade. Talvez somente o tempo para salvar os verdadeiros homens de bem, só o tempo para mostrar a averdade encondida e a vida sofrida de quem vira vítima dessa gente. Ao certo, os motivos que fazem agir assim, são apenas ódio, inveja, prepotência e ambição pelo poder, pelo menos de puxar o saco dos poderosos para nutrir sua fome de injustiça e maldade.

Gente canalha mesmo! sem medo eu sozinho grito ao mundo ajuda, sem medo eu caído pelo caminho, estendo a mão pedindo socorro. Sem medo eu tento mostrar aos enganados que gente da terra adorada, tem sua história e sua essência em suas lutas e labutas pela vida. Não entendo tanto desdeixo e desconsideração com quem sempre esteve ao lado de quem buscou o poder. A injustiça precisa dos justos para mostrar a sua existência, uma pena, a verdade está tão clara como a água límpida que sacia a sede da gente.

O tempo vai passando, e essa gente canalha a cada dia ganha espaço, conquista terreno e joga pás de terra em gente pequena como Eu. Me enterram vivo, humilham, enganam e se vangloriam com as lágrimas e dores sofridas por filhos natos do nosso torrão natal. Eu não tenho muito a fazer, a mentira vira verdade e minha verdade já está enterrada de quem acredita neles. O meu destino está sendo traçado por essa gente canalha, eles sem nada de compaixão, planejam me exterminar de vez do mundo da verdade para habitar no mundo da enganação e da injustiça.

Até agora, ainda respiro, sonho com Deus iluminar o caminho dos enganados e mostrar a essência e fazer justiça neste mundo às vezes triste e desumano. Eu vivo ainda, não sei até quando mas sem medo, respiro... Peço a Deus proteção e justiça!! orem pelos injustiçados.

Canalhas!!!

quinta-feira, 13 de abril de 2023

TRISTEZA ASSIM

Uma alma que fica triste

pranto em silêncio assim

e a deriva pelo caminho

vejo o amor fugir de mim


Tristeza assim, machuca

 um coração triste a vagar

nas águas de lágrimas, vi

um amor a outro, se amar


Triste é quem não ama

um Amor fiel de verdade

não ver um olhar, carinho

pois vive em sua vaidade


Tristeza assim, faz chorar

lágrimas dentro do peito

saudade do que não foi

nunca será amor perfeito


porém na vida, o amor respira

e no toque de carinho, abraçar

lembrança de outrora, um abraço

que fez duas almas se encontrar



domingo, 9 de abril de 2023

TESTAMENTO DE JUDAS ANO DE 2023

 



Sou Judas o traidor de Jesus

Por trinta moedas de valor

Por ganância e maldade

Eu entreguei o Salvador

Com um beijo de traição

Eu cumpri minha missão

E foi por falta de amor

 

Neste mundo de maldades

Tem gente pior do que eu

Uns enganam e maltratam

De sua terra um filho seu

Outros traem a população

E chega o tempo de eleição

Prometem o que prometeu

 

Vou deixar meu testamento

Pois não quero mais viver

Fumo grosso e um charuto

Leite com água pra vender

Requeijão e meu cacetete

Deixo a Tiago de Linete

Ferrabaz vai te benzer

 

Vou fazer meu testamento

Deixando o que não levarei

Minha banana com dois ovos

Quem vai ficar é Vanderley

Minha meia e uma cueca

Eu deixo para amigo Weta

Tu tapa o buraco que furei

 

Vou abrir meu testamento

Pois tenho que ir embora

Vou deixar muitas maldades

Tá chegando a minha hora

E pra Tiago de Lourival

Zé de Abdias, Gil e Jeoval

Vem alisar minha pistola

 

Vou  deixar é uma coisa

É para Messias construir

Uma casa sem cimento

E um carro sem dirigir

E Cochila o seu irmão

Deixo um cacete na mão

Zé cascalho e Cuica subir

 

Já trai e fui muito traído

Agora não traio mais

Lá no boteco do Lord

Tem coisa de Barrabaz

Te deixo um congelador

Pois minha hora já chegou

Vem me pagar satanás!!!

 

E neste meu testamento

Minhas coisas eu vou deixar

Madeira Fumo e Cacete

Para quem quiser segurar

Cueca e pano de prato

Um rebanho de puxa-saco

E Teles que não vai gostar

 

Por falar em Puxa-saco

E Rildo também puxou

Tomou um chute grande

Foi parar em Salvador

Te deixo uma eleição

Um cacete e um cunhão

Foi Cota que me falou

 

Pra Diego de Raidevan

Um fumo eu vou deixar

Tu vende a cabecinha

Poi é teu vizinho de bar

E um quilo de requeijão

Deixo pra Gil cabeção

O capacete vai te tomar

 

Adriano mais Foguetinho

Vou deixar o meu fumeiro

Um charuto grande e grosso

Vocês trocam por dinheiro

Pra vocês deixo um terno

Vocês parar no inferno

Que é lugar de agioteiro

 

Pra Sérgio de João de Barro

Vou deixar uma oficina

Uma cabeça sem cabelo

E um avião sem turbina

Queiroz quem me falou

Que o cabelo que tu botou

Foi roubado em Jacobina

 

Eu tenho 13 coisas boas

Que não posso esquecer

Na vida se perde e se ganha

Se ganha e se pode perder

Minha hora está chegando

E o Suru mais o Fabiano

Zé de Adebrando vai comer

 

E o Garapa de Teresa?

Trabalha muito com Pau

Moacir de Boqueirão

Tá tomando sonrisal

Augusto de Birineco falou

Que o boteco que arrombou

Foi do nosso amigo Filau

 

Eu deixo pra Zé Pereira

Um saco com dois ovãos

Uma mandioca raspada

Para meu amigo Barrão

Cal de Angelina contou

O tal Léo bom Locutor

Vem morrer neste varão

 

Paulo de Zeli mais Delorme

Acabaram foi a sociedade

E o  Pinto que eu deixei

Só está é pela metade

Cuidado quando  cantar

Que Paulo pode botar

No buraco com vontade

 

O povo de Pedro Funga

Parece tudo débil mental

Um cria barba pra promessa

E outros pra fazer o mal

Te deixo um barbeador

No terreiro de João de Lolô

Vocês podem caí no pau

 

Vou deixar pra os povoados

Uma tripa muito gaiteira

Para Fofoca e o Ouricuri

Caldeirão do negro e Aroiera

Martezona e Lagou do Curral

Pé do morro,  e o  Bate pau

Buracão e a Cascalheira

 

Para a Festa de Vaqueiros

Vou deixar o meu Gibão

Um cavalo manga larga

Um jegue com três mãos

Antonio de Crispim vou dar

Uma sela pra ele montar

Com Cascatinha e Alemão

 

O nosso amigo José Birineco

Gosta muito é de Sumir

Juntou mais Jorge Rios

Morou nos lotes de Vivi

Vou deixar meu cacetão

Um penico e um colchão

Para o Roberto de Iradi

 

Para o vice Antônio de Pedro

Um urna eu vou é deixar

Dez Quilos de falsidade

Tu entrega para Edgar

Um título e uma camisinha

E Jorginho de Piroquinha

e vem morrer no meu lugar

 

Dou adeus a minha gente

Pois não fico é mais aqui

Vou embora desta terra

E tenho que chamar Reni

Vou te deixar um caixão

E uma obra no buracão

Pra tu empurrar em Gui

 

Vou embora vou embora!!

Pois não posso mais viver

Para Binho e mais Kael

Eu Vou deixar um DVD

Um charuto e alto falante

Uma tampa de bufante

Deixo pra Bengo lamber

 

Ou coisa que fico é triste

Quando acende o avião

Todo mundo bate palmas

Só pra ver se morro ou não

Pra Renival vou é deixar

É Gean que vai até alisar

O Charuto de Tio Bodão

 

E pra Zé Paulo do Pafac

Vou deixar um charutão

Pois meu fumo é cheiroso

Tu segura com tua mão

Você chama Zé Prezídio

E seu irmão Atanagildo

Pra limpar o meu fogão

 

A morte é coisa bem feia

A despedida muito pior

Me botaram numa vara

Furaram foi meu fiofó

Nenzinho foi quem falou

Que o buraco de Godô

O dono é Dai de Cosmão

 

Meu amigo Telmo de Iradi

Um negócio eu vou deixar

Pois Já gravou até um CD

Com Nivaldo e Altemar

O negócio é muito grandão

Tu se juntas é com Negão

Pra aprender me respeitar

 

Esse Sérgio da Charanga

Um CD eu vou é deixar

E o Cacete de Anerito

Catraca que vai limpar

E Rildo de Antônio Funga

Vai limpar a minha bunda

E Mazinho que vai ajudar

 

Minha hora tá chegando

Eu tenho que me mudar

Vou deixar este varão

E já sei quem vai herdar

É Miinho de Piroquinha

Que já segurou na varinha

E dormiu até se quetá

 

E o tal  Tibério e Biratam

Parece que tão de mal

E o tal do Manoel Luiz

Vou deixar meu avental

E amigo Marcelo Oreinha

E o amigo Nem de Tidinha

Meromba deixo  este pau

 

E Miinho o seu irmão

Agora vai é se lascar

Vou deixar um Jumento

E um Tatu para herdar

E a chave da Prefeitura

Tu pega na vara dura

Roque Mário vai gostar

 

Por falar em vara dura

Tarcísio de Neraci Gostou

Madeira mais Pedro Rocco

Foi quem primeiro alisou

Dão de Alfedo me disse

O buraco de João de Nice

Foi Welber quem consertou

 

E Izuze mais trindade

Só quer ser o bonitão

E juntou mais Adriano

E pegou no meu varão

Te deixo uma coisa dura

Vocês empurram em Cabula

Ou no meu colega Azulão

 

E Rubecir mais o Raildo

Só quer ser é Policial

Locoro mais Luizinho

Só gosta de pegar Pau

Nino  e Edilson me falou

Que o cacete que deixou

Vai empurrar em Dernival

 

 

O tal Cleijone mais Dion

Eu não podia esquecer

Juntou com Jai de Fabinho

Meu cacete vai lamber

E Guri da Marcenaria

Magnaldo e melancia

O Diabo vai é Benzer

 

E Dai de Cosmão coitado

Parece que vai endoidar

Gil de Arsênio me disse

Que Cloves vai Segurar

A vara de Antônio Boné

Que tomou um ponta pé

Foi do prefeito Edgar

 

Por falar em ponta pé

Tem Weta de Fogueteiro

Tu tá muito é contrariado

Porque gosta de dinheiro

Zé de Pichita me falou

Rodrigo Miranda Herdou

O buraco de Coleiro

 

E Vou falar em Vereador

Onde anda missa Bandeira?

Juntou foi mais o Edmilson

Para fazer uma besteira

Paulinho e Argenário falou

Antonio de Alexandre herdou

Foi o  cacete de Ferreira

 

Os filhos de seu Mitonho

Tão enricando é demais

Vou deixar uma fábrica

Com o nome de Caifás

Zé de Ana já me contou

Que o leite que comprou

Tinha mineral com gás

 

E o Pedrinho do Salão

Está vendendo charuto

Vou deixar o meu fumo

É grande, grosso e curto

Cuidado com Salomão

E Valdoberto seu irmão

Está ficando é Maluco

 

E pra Danilo de Nelita

Uma vaca eu vou deixar

O leite já sai com água

Não precisa nem botar

Sandoval que me falou

Que a novilha que rifou

O diabo que vai ganhar

 

Pinho de Benzinho e Dó

Só presta é para brigar

E Bazú mais o Gabriel

Corre é para separar

E o Rony de Gracinha

Vem pegar na varinha

E morrer no meu lugar

 

Eu sou judas Escariotes

E não tenho é coração

Vou deixar uma fábrica

De charuto e Requeijão

Jaime de Maninho falou

Que a fubá que comprou

Foi em Batista de Zelão

 

E Juninho de Agostinho

Agora deu para fumar

Tem uma tal de pescaria

O diabo é quem vai lá!!

Dernoel quem me falou

Que o charuto tu botou

É no buraco de Jomar

 

Na fábrica de Requeijão

Giliard eu vou fichar

O leito é muito bom

Dá até para pescar

Joelson de Rita Falou

A piaba que ele pegou

Raidevan que vai tratar

 

Tenho uma cenoura grande

Do tamanho de um pepino

A cenoura fica com Pascoal

Junto com Jorge de Adelino

Vocês comem sem fadiga

Cuidado com a barriga

Que vai nascer um menino

 

Mais tarde vou é embora

Minha hora está chegando

Vão botar fogo em mim

E em Rodrigo de Urbano

O teu grande tio Salatiel

E o meu amigo Jardiel

Vem chupar o meu tutano

 

Eu quero é me despedir

Desta grande população

Minha hora está chegando

Vou embora deste chão

Pra Culeiro eu vou deixar

Um belo fumo é para alisar

Junto com Giricó seu irmão

 

E Clécio mais Risoleta

Eu não sei como que  é

Se é mulher ou homem

Ou se é homem ou mulher

Te deixo uma sorveteria

Pra tu chupar todo dia

O meu grande Picolé

 

Vou deixar uma homenagem

Para as mulheres com amor

Vocês merecem mui respeito

Carinho, atenção e esplendor

Vocês são estrelas na terra

Já venceram muita guerra

Do jardim são como flor

 

Adeus, adeus minha gente

Vou queimar como traidor

Deixo a outros traidores

Um mundo feito de horror

E para quem me odeia

Deixo a minha cara feia

Peço perdão ao Salvador

 

Autores: Rildo Rios e Cota Funga

quinta-feira, 6 de abril de 2023

Poesia perdida


Pensamentos vagos no peito

palavras  voam com o  vento

e letras apagadas pela vida

amores perdidos no tempo


A poesia padece é pelos cantos

e do encanto que se foi um dia

em um canto de mui desengano

levou um sonho de amar, magia


Os versos que saem da alma

triste, que vive com saudade

de um tempo beijos e abraços

hoje, partiu então a felicidade


Poesia que respira na esperança

de um amanhecer, brilho e amor

um sorriso na face com carinho

e em  cabelos suaves bela flor


Perdida assim a poesia canta

num canto, um canto sem fim

espera em um abraço, carinho

e um novo amor nascer assim