Rildo

quinta-feira, 21 de abril de 2011

População aguarda tradicional Queima de Judas de Pé de Serra com expectativa

image Além da cultura, Pé de Serra oferece opções para os turistas
A cada ano a festa cresce e com isso sua repercussão vem atraindo cada vez mais turistas e pesquisadores, esses prestigiam uma tradição popular quase em “extinção” na cidade de Pé de Serra, localizada na Bacia do Jacuípe, a 220 km da capital Salvador.
A expectativa para esse ano é de receber mais de 5.000 turistas que logo na chegada da cidade se encantam com a beleza natural das Serras do Leão e do Buji. Talvez por isso, na Sexta-Feira da Paixão subir às Serras do Leão e Monte Belo seja mais do que um ato de muita adrenalina e contato com a natureza exuberante da caatinga.

No sábado, acontece a famosa Lavagem do Judas, arrastando uma multidão eufórica pelas ruas da cidade que dançam ao som dos sambas de lavagens e outras melodias puxadas pela conhecida “Charanga”, a Lira 06 de Agosto. Muitas pessoas participam fantasiadas com diferentes tipos de caretas, sendo as mais criativas premiadas no final da festa.

À noite, rompido a Aleluia, é lido o Testamento "deixado pelo Judas" em formato de cordel e que evidencia os principais fatos e personagens do último ano na cidade. Logo após, acontece a tão esperada Queima do Judas em Praça Pública, acompanhada por um show pirotécnico com aviãozinho, rojões, discos e etc.

Histórico e Tradição

As comemorações da Páscoa no município de Pé de Serra existem desde o século XVIII. Inicialmente, o evento tinha um caráter religioso, pois, seus moradores subiam nos cruzeiros da Serra do Leão e do Monte Belo, considerando-os como locais sagrados e de adoração, onde o trajeto da escalada representava a Via Sacra da Paixão e Morte de Cristo.

Posteriormente, no final da década de 30 do século passado, outros elementos culturais considerados “profanos” como a Lavagem e a Queima do Judas, bem como o seu Testamento, foram introduzidos e incorporados às comemorações da Páscoa na cidade.

O Judas de Pé de Serra foi criado em 1939 pelos Senhores Gaspar e Tavinho Rios, porém, o Boneco mais “odiado” pelos cristãos, ao longo do tempo, ganhou outras configurações.

O formato atual do Judas surgiu 15 anos depois, no ano de 1945, quando o Senhor Roque Carneiro Rios, conhecido como Léu, descobriu que na cidade de Tanquinho havia vários “fogueteiros”, descendentes de italianos, da família Adorno. Um deles era Antônio Pereira Adorno, conhecido na região como Antônio Fogueteiro.

Na época, com apenas 21 anos, Antônio Fogueteiro fazia fogos de artifícios em épocas de festas, sendo, por isso, contratado para fazer os fogos dos festejos da Páscoa. Dois anos depois, Antônio Fogueteiro decidiu deixar a cidade de Tanquinho, pois mesmo tendo vindo poucas vezes em Pé de Serra, havia se encantado pelo lugar.

Com o tempo, Antonio Fogueteiro teve a ideia de fazer um boneco com bombas para ser queimado no Sábado de Aleluia, trazendo então inovação e alegria para pedeserrenses e visitantes, que nessa época, já eram muitos.

Organização do Evento

A produção do evento todos os anos fica por conta da Prefeitura Municipal de Pé de Serra, através da Secretaria de Educação e Cultura e já faz parte do Calendário Cultural do Território de Identidade da Bacia do Jacuípe, configurando-se assim, como uma das principais tradições do Vale do Jacuípe.

“Hoje, o Judas é uma das mais belas atrações de Pé de Serra e região, mesmo após o falecimento do senhor Antonio Fogueteiro essa tradição manteve-se viva, pois, os seus filhos aprenderam o ofício de fogueteiro, passando, desta forma, essa tão brilhante tradição de geração para geração”, defendeu Antonio Fernandes, um dos organizadores da festa.

Após a queima do Judas, os festejos continuam com bandas, artistas locais e de renome na praça principal da cidade.

Programação da Festa:

Sexta- Feira- 6:00 às 18:00 horas- Visita à Serra do Leão e ao Monte Belo.

Sábado- 16:00 horas às 18:30 horas- Lavagem do Judas com a Filarmônica Lira 06 de
Agosto, conhecida popularmente por “Charanga.

23:30 às 12:00 horas - Testamento do Judas e Queima do Judas

12:00 horas- Show Pirotécnico na Praça principal da cidade

12:30 horas- Show com as Bandas e artistas locais

Por Laura Ferreira

Engarrafamento e chuva complicam a saída de Salvador para o feriadão

Os motoristas que deixaram para sair de Salvador nesta quinta-feira, 21, de manhã, encontraram dificuldades pela BR-324, sentido Feira de Santana. A pista molhada e o fluxo intenso de veículos fazem da viagem para a folga do feriadão um teste de paciência. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA), o trânsito segue engarrafado da saída de Salvador até o posto de Simões Filho, com três acidentes registrados até as 9h45.


BR-324 engarrafada na saída para o feriadão da Semana Santa nesta quinta-feira - Foto: Gildo Lima | A TARDE



Nas estradas estaduais, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE-BA), o congestionamento maior é na BA-099 (Estrada do Coco). O engarrafamento passa dos três quilômetros, mas não foram registrados acidentes na região nesta manhã.

O movimento de passageiros é intenso na rodoviária de Salvador. De acordo com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), a expectativa é que, durante todo o feriado, 116 mil pessoas deixem a capital utilizando os ônibus. No total, 487 veículos extras foram disponibilizados, mas há possibilidade de que este número suba para 600.
A TARDE

DECRETO PROÍBE VENDA E CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS DURANTE A PASCOARETA 2011


 

DECRETO N° 22 DE 20 DE ABRIL 2011


 

"Dispõe sobre a proibição do uso de sons automotivos e afins e da venda de bebidas alcoólicas e abertura de bares, nos quiosques e barracas na Sexta-Feira Santa no nosso Município"


 


 

O PREFEITO DO MUNICIPIO DE PÉ DE SERRA, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município, considerando que o uso de bebidas alcoólicas na Semana Santa foge do contexto religioso e moral além de ocasionar acidentes e transtornos às famílias pedeserrenses:

DECRETA:

         Art. 1º - Fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas nos bares, quiosques e barracas do nosso município durante todo o dia 22 de abril de 2011 (Sexta-Feira Santa) dos festejos da Páscoa do ano de 2011.

            Art. 2º Fica proibida a utilização de sons automotivos e afins no município durante todo o dia 22 de abril de 2011 (Sexta-Feira Santa) nos festejos da Páscoa do ano de 2011.

            Art. 3º. Notifique-se e dê ciência às autoridades policiais e a guarda administrativa acerca do teor do presente Decreto, devendo o mesmo acompanhar a cópia dos alvarás expedidos ao uso de bares, barracas, quiosques e demais estabelecimentos comerciais.

            Art. 4º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Pé de Serra 20 de abril de 2011.


 


 

Hildefonso Vitório dos Santos

Prefeito Municipal

21 DE ABRIL DIA DE TIRADENTES

Por que ele era chamado Tiradentes? Tiradentes trabalhou como dentista, após aprender essa profissão com seu padrinho, que era cirurgião-dentista. Mas o curioso é que, apesar do apelido, ele não gostava de arrancar dentes e preferia prevenir os pacientes para que os dentes fossem conservados. Ele foi um dentista inovador, pois implantava dentes esculpidos por ele mesmo, usando suas habilidades de joalheiro. Quem foi Joaquim José da Silva Xavier? Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, nasceu no Estado de Minas Gerais em 1746. Ele perdeu os pais quando ainda era criança e foi criado pelo padrinho na cidade de Vila Rica, que é atualmente chamada de Ouro Preto. Aos 18 anos, entrou para a carreira militar e foi soldado da cavalaria. Ele também tinha conhecimentos de mineração, hidráulica e joalheria. A Inconfidência Mineira Tiradentes já havia declarado que estava descontente com o governo português quando se envolveu com a Inconfidência Mineira. Este foi o movimento que aconteceu em 1789, em Vila Rica, visando a libertação do Brasil da Corte Portuguesa. Após viajar para o Rio de Janeiro, onde Tiradentes teve contato com novas idéias vindas da Europa, ele voltou para Vila Rica e começou a divulgar o movimento. Mas o coronel Joaquim Silvério dos Reis denunciou o movimento, porque ele estava devendo ao governo e, assim, não precisaria mais pagar a dívida. Com isso, todos os integrantes do grupo foram presos, e Tiradentes passou três anos preso no Rio de Janeiro, onde assumiu sozinho a responsabilidade da conspiração, livrando os outros condenados. A sentença de Tiradentes foi à morte. Ele morreu enforcado no dia 21 de abril de 1792, no campo da Lampadosa, onde é hoje a Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. Mesmo assim, o movimento teve seu efeito, já que trinta anos depois o Brasil se tornou independente de Portugal. Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, a partir de 1890, passou a ser considerado herói nacional.