Engraçado, a chita só tem vez quando chega o São João.
É até de dar dó da coitada! Sim, porque sinceramente
é um tecido muito bonito, mas as pessoas só querem
pra caracterizar o caipira, o camponês. E isso, claro é
o que faz com que cada vez mais vá se formando na
cabeça das pessoas que o camponês é mesmo o bobo,
que não tem conhecimento, não sabe se arrumar, que
não muda de estilo, enfim. As tradições são muito
importantes, mas nesse caso foi e continua sendo muito
injusto com esse povo tão forte e inteligente da roça que
muitas vezes não se valoriza, não se exalta e tem vergonha
de dizer de onde é. Esconde suas origens, suas raízes.
Vamos olhar com mais atenção e tentar entender que
o rural, o campo, precisa ser valorizado, e muito valorizado
pois é de lá que vem tudo o que precisamos todos os dias.
Quem constrói a cidade é o campo! Quem abastece a cidade
é o campo. E é lá no campo que está o trabalhador que gera a
riqueza sem a qual não sobreviveríamos; os alimentos. Viva a
festa de São João, viva a chita florida, encantada e alegre dos
vestidos no Arraiá! Viva o campo! Viva o rural.
agorameZmo/Clecio Geovan
Um comentário:
Muito boa a postagem, a chita é uma das marcas da festa junina com certeza, mas tenho visto seu uso em muitos trabalhos artesanais e decorativos fora de época junina também, inclusive tenho uma amiga que estofou as cadeiras de sua sala de jantar com chita, achei chiquerrimo!
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