Rildo

domingo, 21 de outubro de 2018

MEU GRITO

Olhando para o chão,
peso do ferro e madeira,
Eu grito em silêncio.
será a vida inteira?

Já não escutam o clamor,
de quem grita sozinho,
os ouvidos entupidos,
de pedra no caminho.

Amigos se calam,
fingem não escutar
o brado triste do bem,
que um dia poderei dar.

O peso que carrego só,
tem gosto azul feroz,
afoga aos poucos a vida,
faz calar minha voz?

Ainda me arrasto na terra,
deixando marcas profundas, 
Uma água de sangue que vem,
e minha esperança se afunda.

Mas ainda grito calado,
Alguém me ouve em vão,
Os surdos amigos de luta,
um dia também gritarão.

Meu grito de tanto soar,
está virando gemido,
dores, lamentos na alma,
de um coração ferido.

Grito por dias de paz,
Grito por fé e bondade
Grito por quem padece,
a procura da verdade.

Grito,
sempre,
Meu grito!

Rildo Rios, é estudante de Pedagogia e de Direito. Escreve para libertar-se!







Nenhum comentário: