O tempo anda carregando,
para bem longe...
O brilho na face,
que enrugada, pálida
de sofrer cansada.
O tempo é infinito,
como os sonhos
dos famintos,
que suplicam o pão,
lacrimejam o coração...
O tempo me deixa
atento, ao relento.
Tira de mim,
os beijos indesejados,
os abraços amassados,
me deixa calado, atado.
E ao lado da saudade,
que saiu pra passear.
Vejo a vida sangrar,
meu cando cantar,
desencantar...
com pena do olhar
que olha para outro
lugar, sem enxergar.
Eu a esperar, o querer
não mais voltar,
faz meu caminho
terminar, sem ao menos
chegar e depois ficar
a sonhar...
Por Rildo Rios
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