Rildo

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Rildo, na vida...


Esta foto é do ano de 1989, tinha cabelo grande.

No ano de 1989, antes de completar 18 anos, vivia um momento muito difícil na minha vida, menino pobre, meu Pai quando começava a beber, desequilibrava ainda mais a vida nesta época. Minha mãe querida, era muito doente, tinha problemas de depressão, agravada pelo alcoolismo do esposo. Então, com 17 anos, parei de estudar, e viajei para Salvador, junto com alguns amigos para poder trabalhar, assim, trabalhei em um comércio de compra de sucatas (ferro, alumínio, cobre etc...). A empresa era no Pelourinho, morava junto com amigos, mais de 10 pessoas, no bairro de San Martin, levantava madrugada, era uma situação muito difícil, quando tinha tomava café puro, com pão e margarina, bem rápido para poder chegar no horário no trabalho, isso sem nenhum registro em carteira, pois era de menor. Foi neste ano que comprei meu primeiro tênis, pois meus pais não podiam me dá.

Foram uns 6 meses nesta luta, depois retornei a Pé de Serra, meu Pai estava bem, minha mãe se tratando, mas não demorei muito tempo, logo em janeiro de 1990, retornei a Salvador, para trabalhar desta vez com carteira assinada, em uma empresa de colchões, localizada no bairro de valéria, onde tive que consegui um lugar para morar, paea ficar mais perto do trabalho. Trabalhei de feveveiro a setembro de 1990 e, mais uma vez, retornei a nossa Pé de Serra, para poder estudar. Fiz o ensino médio, magistério, de 1991 a 1993, me formando professor, já que não tinha outras opções.

Neste período, trabalhei na Farmácia de Pedro Roco, fiquei feliz quando fui convidado, afinal, sem pedir, lembraram de mim, Dona Lili, uma mulher de Deus, me ajudou muito neste período. Mesmo trabalhando na farmácia, viajava pra tocar com a Filarmônica, assim ajudava no orçamento de casa. Neste período também, fiz um curso de Eletricidade e Refrigeração por correspondência, para podeer aprender a consertar geladeiras, já que em Pé de Serra, ainda não tinha um mecânico, fiz o curso, e aprendi fazendo a arte de refrigeração, agradeço a Deus.

Acho que escrevo pra mim mesmo, contando um pouco de minha caminhada, refletindo sempre de tudo que passei e dos erros cometidos, para entender sobre minha utilidade neste mundo, que às vezes é inundado de maldade por gente forasteira e insana.

Vou escrevendo aos poucos, depois da minha morte, que pode ser a qualquer momento, quem sabe minha vida sirva como um pequeno exemplo, sei que sou quase nada, mas também sofri para chegar até aqui.


Até um dia, quem sabe...


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