Rildo

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Rildo por ele mesmo


Eu nasci no dia 28 de setembro de 1971, era uma segunda-feira, na estação das flores (primavera) e, neste data se comemora o Dia Internacional do Acesso Universal à Informação, neste ano o Brasil estava vivendo a ditadura militar. Sou do signo de libra, que tem a balança como símbolo, me formei em direito que também tem uma balança como um de suas representações, coisas da vida...

Hoje com 53 anos de idade, reflito muito do que já passei, de onde vim, a família que me deu a vida, alimento e a formação - então paro e penso: Como cheguei até aqui? todas as dificuldades que vivi, ao que sinto, me fortaleceu para sempre seguir. Também, me questiono, em quem me transformei nestes anos de vida, sempre tentando olhar os meus erros e buscando acertar, se por ventura as mesmas situações vier a passar. Então, olho para o passado, para entender meu presente, lembro de muitas coisas que sofri, às vezes até mesmo uma comida digna faltava a mim e a minha família, não porque meus pais não queriam, era as dificuldades dos tempos e as condições sociais desta época difícil, mas que me ensinou a viver.

Lembro que quando criança de 10 até uns 13 anos saia pelas ruas de Pé de Serra catando ferro velho, vidros e até ossos de animais mortos para vender e conseguir ajudar meus pais a comprar o que comer. Saia para o rio sacraiu e outras aguadas para pescar alguns peixes e poder me alimentar, precisava sobreviver. Lembro também que já quebrei pedra nas pedreiras com uns 15 anos para poder comprar alguma roupa já que me tornara rapaz e meu pais não podiam comprar o suficiente. Meu pai consertava bicicletas, o ajudava e aprendi um pouco o ofício. Minha primeira bicicleta foi montada de peças velhas da sucata da oficina, mas tudo era feito com força e vontade de conseguri as coisas de maneira digna e certa.

Com 16 anos eu me apaixonei por uma menina rica, que me esnobava muito, mas que era impossível para mim, afinal ela era filha de gente importante e eu filho de família pobre, não tinha quase nada, mas tinha a esperança em dias melhores. Estudava muito, via meu pai Toinho Funga sempre com livros, escrevendo ou tocando um instrumento, ao vê-lo com livros percebi a importância do conhecimento em nossa vidas.

Bom, até aqui mesmo com meus erros, me tornei uma pessoa melhor, não posso nem falar quem sou, apenas deixar as pessoas de bem olharem os caminhos que faço, e em breve voltarei a falar quem sou e quem serei, mesmo com ameaças  que sofro de gente forasteira, imunda e vomitativa. 

Até breve ...

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