Ser ponto de equilíbrio nos
conflitos interpessoais e sociais em nosso meio de convivência, é um desafio a
ser enfrentado a cada dia. Nesse contexto, onde os interesses individuais procuram
sempre se sobressair em relação ao bem comum, e que parece existir uma balança
de medição de forças, é necessário que sejamos os contrapesos para dar
equilíbrio e ponderar as imperfeiçoes humanas nesse mundo a cada vez
materialista e individualista.
Ao que parece o egocentrismo,
pode ser um fator que cria conflitos e leva os indivíduos aos desencontros de
ideias, e em seguida o risco de violência emocional conduzindo em muitos casos
ao extremo da violência física e real. Ser o contrapeso não é fácil, pois talvez
seja necessário assumir riscos, reparar os erros alheios com resiliência e
empatia, e nesse sentido é que pode surgir uma esperança na disseminação da paz
e da ordem social.
Existe uma ideia de sempre
verbalizarmos em primeira pessoa (eu isso ou eu aquilo), parece ser natural de
nós humanos, e diante desse dilema surge a desesperança de dias melhores. No próprio
campo do Direito, em uma lide, existem conflitos de interesses, e em busca da
justiça, através das Leis é que se dar a ideia de aplicar os contrapesos para
equilibrar as forças e vontades das partes.
Um caminho a seguir pode ser o do
entendimento da capacidade natural de errar, somos impotentes e cheios de
fraquezas enrustidas no corpo e na alma, e aceitar que errando poderemos
refletir sobre tal erro, e procurar caminhar em um novo caminho alinhado com o
que aprendemos no percurso. Cometer os mesmos erros sempre, é estado de
desequilíbrio e muito egoísmo da parte de quem se comporta dessa maneira,
façamos o favor de respeitar, assumir responsabilidades, cooperar com os
injustiçados e interagir com as pessoas nessa vida que passa para todos nós.
A célebre frase de Sócrates “Conhece
– te a ti mesmo”, até parece um ato de egocentrismo, mas através desse possível
conhecimento é que poderemos conhecer o nosso EU, para ser o ponto de
equilíbrio e o contrapeso na balança de um mundo mais justo e humano.
Por Rildo Rios