Secretário de Cultura da Paraíba, o cantor e compositor Chico César, desencadeou um interessante e responsável debate sobre o uso de recursos públicos nesta época de São João para favorecer o que chama de “bandas de forró plastificado”.
Para o artista, “elas não têm nada a ver com o autêntico ritmo nordestino, imortalizado pelo pernambucano Luis Gonzaga.
Há poucos dias, ele anunciou que este ano na Paraíba nenhum recurso público vai ser empregado para custear este tipo de atração. Dizendo que também não vai proibir estas bandas, porque aí estaria discriminando, afirmou em alto e bom som:
“Quem quiser tê-las que as pague. Apenas isso. O Governo do Estado não pretende pagar duplas sertanejas e nem pretende pagar forró de plástico”.
Não demorou para que o cantor e compositor pernambucano Alceu Valença soltasse uma nota em solidariedade a Chico César, atacado por produtores dessas bandas.
Alceu defende a mesma tese de Chico, contrária ao uso de recursos públicos para esse tipo de atração, e sentencia que “festas de São João, São Pedro e carnaval, que no Brasil adquiriram status extraordinariamente significativo, têm sido vilipendiadas com a adesão de pretensos agentes culturais alienígenas, sem o menor compromisso com a identidade do nosso povo”.
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