Rildo

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

47 anos de vida, dores e amores.

Quando criança na data de meu aniversário, considerando que era de uma família muito pobre de uma cidade do sertão nordestino, nunca pude ter uma festa. Era uma coisa utópica, mesmo que na época nem sabia o que era utopia. 
Assim como Eu, meus amigos de infância também não podiam ter festas e nem comemorações, mas nem por isso a gente deixava de pensar na data como algo importante, pois isto era disseminado pela vida social. Minha primeira comemoração, foi no ano de 1999 quando trabalhei no Censo do IBGE, lá fiquei surpreso e com vergonha, pois era algo longe de minha realidade. 
Meus colegas de trabalho prepararam uma surpresa para meus 28 anos, achei estranho mas foi gratificante, nós seres humanos temos esse lado de vaidade e no meu caso muita emoção. Hoje para mim, tanto faz. Se tiver surpresa beleza! Se não a vida que segue... e se tudo ocorrer com o fluxo natural esperado comemorarei sozinho ou com colegas mais um dia de um novo ano de vida que poderá se completar ou não nessa incerteza que é a grande labuta do nosso viver. 4.7 de lutas, dores e amores. 

Rildo Rios

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