Ombros já não suportam mais
o peso de uma amarga ilusão
sangue escorrem pelas costas
por dentro, sangra um coração
Carrego as dores das injustiças
e lágrimas caem na velha face
olhar cansado, não suporta mais
mentiras de uma vida, desenlace
Um passado que não se pode mudar
mas que muda os sonhos da gente
uma mentira é uma prisão infinita
e enjaula o corpo escraviza a mente
Meus ombros quebrados pelo tempo
caídos e sob as costas ensanguentada
pobres braços levados pela ventania
uma alma padece, sozinha desamada
Uma alma que geme em silêncio
doente pelos enganos desta vida
só vai reposusar na minha morte
em breve chegará uma despedida
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