Rildo

sexta-feira, 13 de março de 2020

O menino e sua gente, que é demente

Naquele lugar de pedras
a gente via gente sangrar,
açoites em ombros cansados
e dias tristes lacrimejar

Um menino de astúcia,
enganou aquela agente,
com promessas e mentiras
o povo sua maldade sente.

Os algozes do menino,
destilam veneno da morte,
tiram o pão de cada dia,
deixam perdidos sem norte.

O tico- tico careca branca
com o peso em sua nuca
fez seu ninho de ouro achado
e dentro de sua arapuca

A lebre triste sem amor
rói a árvore da esperança,
para acalmar o seu mau,
tira o sonho de uma criança

O violão de pança podre,
tem seu destino sem luz
sem piedade e sem tino
o ódio que lhe conduz

O magrelo do quase nada
que cheira até a gasolina,
não sabe nem o que é,
pois a maldade é sua sina

O Doutor que vive sem Deus
fabrica o mau e sem fim,
sua dama de pedras perdidas
não sabe de nada assim.

A girafa feia de dentadura
parece o nada no escuro
não sabe nem contar estrelas,
sem presente e sem futuro.

Mas o menino precisa deles,
para destruir a cidade na guerra
com sua marreta esmaga tudo.
Não vai restar nenhuma serra.

Afinal tenho que ter esperança
dessa gente até se reinventar
para achar o segredo do caminho,
e até a minha paz encontrar

Um comentário:

Jbrasilnoar disse...

Muito bom esse testo pra um bom entendendo meia letra basta kkkkk