Essa gente , demente!
que implora a prisão,
nas chicotadas de reis,
vivem cantando no porão.
Essa gente, vil que mente,
escrava do mercado ardente
tem preço de doce, de pão...
Gente que se diz saber
o caminho da liberdade,
mas se prende em jaulas,
se açoitam de maldade.
Se seduzem por moedas,
que brotam em terras pobres
esquecem e as vezes encobre
o mau, os sonhos a verdade.
Essa gente sem futuro,
não engana quem é do bem
tem palavras vazias, insanas
que surgem sujas do além.
Sorrisos largos desdentados,
olhares de medo envergonhados.
olham aquilo que não tem.
Tanta gente que tem preço,
e se vende até no mercado,
fingem está tudo bem, engano
pois o menino compra seu gado.
seus vaqueiros jogam os laços,
e bem disfarçados de abraços
deixam o sangue derramado.